02 abril 2015

Resumo História Moderna: O Absolutismo

 Por Jairo Alves

 Durante a Idade Media os reis possuíam o poder de direito mas não de fato. A centralização do poder foi um processo lento e gradativo que se concretizou a partir da aliança entre os reis e a burguesia. A partir dos séculos XVI e XVII foram elaboradas várias teorias que forneceram a base ideológica do Regime Absolutista como o pensamento de Nicolau Maquiavel, na sua obra “O Príncipe” onde afirma que os reis deviam usar de todos os meios, lícitos ou inlícitos, para governar “os fins justificam os meios”.
 
Temos também Jean Bodin na sua obra “República”, onde ele associa o Estado à familiar, onde o poder real é ilimitado, fazendo uma comparação ao chefe de família, já Jacques Bossuet acreditava que o poder real tinha origem divina cabendo aos homens aceitar as decisões reais, pois questioná-las os tornavas inimigos públicos e de Deus. Já o pensamento de Hobbes é mais democrático na medida que analisa o poder real a partir do contrato social defendendo a teoria de que um rei só poderia subir ao trono pela vontade do povo.

            O Absolutismo dispunha de uma sofisticada organização, com exército profissional, corpo de policia para manter a ordem interna, sistema permanente de impostos e uma camada de burocratas. As causas que contribuíram para o surgimento do absolutismo foram o desenvolvimento econômico, gerado pelo mercantilismo; que tinha como característica o Metalismo, Industrialização, Protecionismo Alfandegário, Pacto Colonial e Balança Comercial Favorável, dando aos reis a sustentação financeira necessária para se manter no poder, além da Reforma Protestante e aliança burguesia-monarquia.

O Estado absolutista no tocante a área militar buscou criar os exércitos nacionais, deixando de usar os exércitos mercenários, (pensamento Maquiavélico), aumentou a burocracia civil que dinamizou a manutenção de forças armadas. Assim, o Estado deveria ficar Forte para controlar e disciplinar a sociedade.

O Absolutismo na Inglaterra se deu com a afirmação do poder real no início no século XVI, com a Dinastia Tudor. Henrique VIII, segundo rei da série, impôs-se à nobreza, unificou o país e chocou-se com o papado, ao mesmo tempo, assumiu o controle da Igreja Anglicana e confiscou os bens da Igreja Católica além de ampliar os poderes monárquicos, diminuiu poder do parlamento. No reinado da Rainha Elisabeth I, o absolutismo monárquico foi fortalecido, tendo iniciado a expansão marítima inglesa, com a colonização da América do Norte. No entanto com a Guerra Civil Inglesa o Absolutismo foi ficando cada vez mais fraco, até chegar ao fim com a Revolução Gloriosa de 1688, onde o parlamento subjugou o poder do monarca.

O Absolutismo Francês se inicia com o rei Luis XIII da dinastia dos Bourbon, e seu apogeu se deu com o rei Luis XIV conhecido como "Rei Sol", que reinou entre 1643 e 1715, seu poder era baseado no direito divino foi o autor da frase “O Estado Sou Eu” que sintetiza o regime. Ao contrário de seus antecessores, recusou a figura de um "primeiro-ministro", reduziu a influência dos parlamentos regionais e jamais convocou os Estados Gerais. Promoveu a construção do Palácio de Versalhes. 

Os gastos com o luxo da corte e as guerras externas levaram a França à decadência, que se manifestou durante o governo dos reis Luis XV e XVI quando ocorreu a Revolução Francesa.

As transformações que ocorreram no século XIVXV e XVI, com o mercantilismo e a superação do modo de produção feudal, possibilitou a reorganização do Estado. Gradualmente o Estado foi ficando forte e centralizado, primeiro surgiu o Estado Absolutista com o poder centralizado na figura do rei e em seguida o Estado Liberal onde o Estado não devia intervir na economia.

Entendesse como Estado Moderno um território delimitados por fronteiras habitados por uma população de língua, cultura e história mais ou menos homogenia, subordinada a um poder central. Os Antecedentes a centralização do poder e a formação do Estado Moderno estão ligados ao Renascimento Comercial e urbano.

Os Estados Modernos são soberanos, ou seja, não permitir que a sua autoridade dependa de nenhuma outra autoridade. A luta entre a nobreza e a burguesia irá desembocar na formação dos Estados Nacionais Modernos.

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