Você sabe quais os feitiços
mais comuns atribuídos a uma bruxa no século XVI e XVII e como era identificada
uma bruxa na Idade Média? Uma dica de livro que trata destas questões e o Chacina de Feiticeiras, de 1995, da
historiadora americana Anne Barstow, que analisa como a perseguição as mulheres
pobres e velhas, como consequência da discriminação que a mulher da Idade Média
sofria, ocasional um verdadeiro massacre a várias mulheres de diferentes idades
e classes sociais. O livro tem descrições detalhadas de algumas torturas
praticadas contra mulheres, que eram levadas aos tribunais acusadas de serem
feiticeiras. Uma boa dica para quem estuda gênero e descriminação por conta do
sexo, principalmente na Idade Média. Embaixo lista de feitiços atribuídos a
mulheres e alguns pontos importantes do livro.
1 Primeiramente para que uma
mulher fosse identificada como bruxa, buscava-se uma marca no seu corpo, se
encontrada qualquer marca ou teta, era a prova que ela tinha um pacto com o
diabo. A teta era onde o Diabo chupa o sangue da Bruxa.
2 O estereótipo de bruxa
geralmente é uma mulher velha, manca, de olhos turvos, pálida, arredia e cheia
de rugas. Mas isso não impedia que crianças de 8 a 9 anos, e adolescentes fosse
acusadas de serem bruxas. Homens também era jugados por bruxaria mas em um
numero bem menor em relação as mulheres. Já que se acreditava que a mulher era
mais fraca e assim mais fácil de ser dominada pelo demônio.
3 Também era comum acreditar
que as bruxas voavam em vassouras pelos ares e iam asabás onde fazia sexo e adorava
o Diabo e denegriam a fé cristã.
4 Na Basiléia (Bélgica)
acreditava-se que as bruxas podia causar chuva de granizo, um crime típico de
bruxas.
5 A maioria das acusadas de
feitiçaria eram muito pobres e seus acusadores estavam em melhores condições
econômicas do que elas.
6 “Quando a caça às
feiticeiras progredia e as autoridades locais intervinham mais decisivamente,
os acusadores poderiam esperar destruir a reputação de uma mulher, bani-la ou
matá-la. O acusador esperava ainda obter parte de sua propriedade ou toda ela
[Isso quando a acusada tinha alguma propriedade, o que as vezes gerava a
denuncia por parte do acusador, interessado em tomar a propriedade da vítima].
Mais de uma vítima poderia ser atingida, como um grupo de amigos ou toda uma
família sendo eliminada.” p.51
7 Era comum crer que as
bruxas podia transforma-se em cachorros, gatos e coelhos. Que podia atravessar
portas fechadas, cavalgar pelos céus, ter um amante demoníaco, provocar
tempestades e exumar corpos.
8 Além de fazer um pacto com
o Diabo e sexo com ele nos sabás, acreditava-se que elas sacrificavam crianças
não batizadas, que podiam mudar de aparência, que cozinhavam e comia crianças,
até deixar um homem impotente e fazer o pênis de um padre desaparecer.
9 Faziam poções e venenos,
usavam amuletos, lançavam mal olhado, espetando alfinetes em bonecas, tendo um
conhecimento anormal sobre os sonhos, a previsão do futuro ou as propriedades
mágicas das pedras preciosas. Davam a luz a demônios.
10 Outra crença era na
possessão demoníaca, o indivíduo fica em transe, perde a consciência. Perde a
memoria e pode ter alucinações, exprimir-se em várias línguas, ocorre mudanças
físicas, os olhos tornam-se vítreos e salientes, os membros pode endurecer, e o
corpo pode tornar-se insensível ao frio ou calor, podendo até levitar.
11 Um caso famoso na américa
foi o de Salem em 1695 Massachusetts, Estados Unidos, onde 165 mulheres foram
acusadas de bruxaria, destas 20 foram condenadas.
12 Uma especialidade das
bruxas Italianas era fazer a porção do amor.
Deve se observar que a
feitiçaria era um crime, tipo atribuído as mulheres, em toda a Europa durante o
período alto de caça as bruxas entre 1560-1760, na média, 80% dos acusados e
85% dos executados eram mulheres. Também não se pode deixar de mencionar que as
confissões ondem as mulheres relatavam manter relação com o demônio, mata
crianças e fazer feitiços para adoecer pessoas era obtidos através de cruéis
torturas.
Diga de Filme: As
Bruxas de Salem
Diga de Livro: O
Martelo das Feiticeiras (Malleus
Maleficarum)
Fonte: BARSTOW, Anne
Llewellyn. Chacina de Feiticeiras: uma
revisão histórica da caças às bruxas na Europa; Tradução Ismênia Tupy. Rio
de Janeiro: José Olympio, 1995.
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