Quando o cristianismo ainda era uma pequena religião pouco promissora,
um homem foi capaz de transformá-la em uma grande crença em sua região. Sem
ele, talvez o cristianismo nunca tivesse
se espalhado pelo mundo. O nome desse homem é Paulo, um dos principais autores
de diversas passagens
do Novo Testamento. Porém, a devoção dele pode ter sido um efeito
colateral de um fenômeno natural.
Antes de se transformar em um homem crente em Deus, Paulo, também
chamado de Saulo, era um perseguidor de cristãos. Ele trabalhava para o governo
romano, que na época ainda pretendia exterminar a nova religião crescente. Mas
durante uma de suas viagens, ele viu uma grande luz vinda do céu, que lhe
derrubou do cavalo. Por três dias, o homem ficou cego, mas foi curado e
batizado, para depois se tornar um dos mais fervorosos pregadores da palavra de
Deus. Mas agora, evidências mostram que talvez esse evento sobrenatural, de
intervenção divina, pode ter uma explicação bem mundana.
O evento que causou a conversão de Saulo em Paulo é bem conhecido e sua
descrição é clara e direta. Por isso, os detalhes mostram que uma explicação
natural é bem simples de ser dada, quando se tem o conhecimento de alguns
fenômenos. William Hartmann, fundador do Planetary Science Institute, explicou
como os eventos miraculosos são facilmente explicados pela ciência moderna.
O primeiro fato miraculoso foi o clarão vindo do céu, como
uma bola de fogo. Esse fenômeno foi visto na Terra por milhões de pessoas em
2013, quando o meteoro Cheliabinsk caiu na Rússia. A imagem gravada revelou um grande clarão vindo do céu,
criando um belo espetáculo de luz. O mesmo deve ter acontecimento a Saulo, que
ficou admirando o espetáculo com os olhos abertos, até que… Na cena onde Paulo vê a bola de fogo vinda do céu,
ela é descrita como sendo duas vezes mais brilhosa do que o Sol. Esse tipo de
brilho forte é capaz de causar algo chamado fotoqueratite, que também é
conhecido como cegueira da neve.
Quando
estamos em locais onde há uma grande reflexão de luz solar, podemos ficar cegos
por um certo tempo. Foi exatamente isso que ocorreu com um repórter da CNN,
chamado Anderson Cooper. Em uma viagem de barco, ele ficou exposto por duas
horas à luz do dia. Ao final da tarde, ele sentiu dores nos olhos e ficou
completamente cego por 36 horas!
Esse acontecimento ocorre porque
no mar existe uma grande quantidade de luz sendo refletida, fazendo com que as
córneas sofram com uma incidência enorme de raios UV. Isso machuca alguns
tecidos dos olhos e causa cegueira temporária.
Por isso, sempre é indicado
usarmos óculos e proteções quando olhamos para algum eclipse, pois os raios
vindos do Sol, mesmo que por um pequeno período de tempo, podem causar a tal
cegueira da neve. É exatamente esse tipo de evento que pode ter atingido Paulo,
que provavelmente ficou admirando a queda do meteoro de olhos abertos,
acreditando estar na presença de um milagre.
Logo após a luz, o relato diz que Paulo caiu no chão, algo
natural para quem presenciou a queda de um meteoro, pois a onda de choque da
explosão é bem capaz de jogar uma pessoa longe. Como ocorreu com a floresta de
Tunguska em 1908.
Paulo também relata ter ouvido vozes, o que é mais do que
natural. Além do enorme barulho no momento do choque, os ouvidos dele poderiam
sofrer com diversas distorções causadas pelo grande estouro. Para um homem que
acredita ter presenciado um milagre gigantesco, um simples barulho pode ser
interpretado como vozes do além. A última parte do relato diz que Paulo,
após ter recuperado a visão, teve escamas caindo de seus olhos. Você pode estar
pensando que essa parte é muito difícil de explicar, mas existe algo chamado
escamação epitelial, que é uma escamação na região dos olhos.
Fonte: Minilua acessado<< http://minilua.com/como-meteorito-mudou-historia-cristianismo/
>> em 27/06/2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe sua opinião, crítica ou sugestão, e ajude-nos a melhorar o Blog Ametista de Clio!